Jornal Pires Rural – Edição 227 | LIMEIRA, Abril de 2019 | Ano XIII
Em recente reunião realizada no bairro dos Pires o Capitão Costa Pereira, comandante da 5ª Companhia da Polícia Militar, responsável pelo policiamento preventivo na região do bairro dos Pires e Pinhal revelou; “nós temos um programa da Polícia Militar denominado Programa Vizinhança Solidária. O programa consiste em despertar na cabeça das pessoas o sentimento de pertencimento. Para as pessoas darem importância para as coisas que são públicas, se preocupar bastante com o lugar onde moram, com as vias públicas, com os vizinhos, com os aparatos públicos. Enfim, dentro de todo esse sentido o Programa Vizinhança Solidária, veio para conectar todos esses sentidos para que as pessoas se preocupem umas com as outras”, esclareceu.
“Nós temos relatos de pessoas que não conhecem o seu vizinho, que transita e vê o carro do vizinho mas, não sabe que aquele carro é do vizinho. Não consegue conversar. Então, esse programa existe pra isso, para um vizinho se preocupar com o outro, pra se preocupar com o bem estar do vizinho. Às vezes ver uma situação estranha e se importar. A gente não quer aquele tipo de relação entre vizinhos que um não está nem aí com o outro. Estão roubando o gado do vizinho mas, por enquanto não roubou o meu, eu não estou preocupado. Ah! Cortaram a cerca do vizinho. Enquanto não cortar a minha não quero nem saber. Não é isso. A gente quer que um vizinho se preocupe com a tranquilidade do outro. Além do fornecimento do policiamento, a polícia vai estar presente no bairro mas, se ela não tiver a população conectada com esse sentimento de pertencimento a gente não consegue chegar a lugar algum”, ele orientou.
“Hoje, estivemos presente na Escola Martim Lutero (bairro dos Pires), pra trazer essa ideia. Além do policiamento, para que eles se preocupem com o que é deles, a via pública, a segurança, a saúde pública, tudo isso é importante pra esse Programa Vizinhança Solidária. Aproveitamos o conhecimento que o Danilo tem com a Associação, a gente tem inúmeras experiências de formação de associações de bairros que tem trazido bons resultados como no bairro Canaã. Ali eles tinham problemas de insegurança, fui lá fiz uma palestra como esta, expliquei pra eles da importância, da representatividade através de uma associação. Falei sobre o monitoramento por câmeras e que isso não era muito barato e precisava de arrecadação dentro da Associação para que tudo isso pudesse acontecer e, hoje, o bairro está muito seguro, com mais de vinte e quatro câmeras instaladas, todos os associados têm acesso às câmeras, é fantástico. Então, a gente alcança níveis aceitáveis de segurança quando a população trabalha junto com a polícia.
Aliás, a nossa Constituição Federal que é onde fala dos serviços de segurança, diz o seguinte: que segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. No quesito, responsabilidade de todos é onde a gente quer despertar nas pessoas para essa importância. Mas a partir do momento que vim até aqui e me dispus a trazer a ideia, e a população rural está interessada então, eu já considero formado o grupo de segurança solidária e pretendo colher bons frutos”, finalizou o capitão.