A pandemia COVID-19 nos impôs uma outra forma de viver através do isolamentos social, decretado em 24 de março de 2020. O novo coronavírus nos parecia muito distante enquanto acompanhávamos a circulação do mesmo em países do continente asiático e europeu mas, quando chegou ao Brasil e apareceram as primeiras estatísticas, a imposição que ele trouxe incutiu de imediato um divisor de águas.
O que está ocorrendo era previsível pela ciência há algum tempo. Os governos sabiam, mas não se preocuparam em se preparar. A ciência e a tecnologia adequada existem. Mas não havia vontade política e, portanto, nem dinheiro, nem coordenação entre governos locais e nacionais, e entre governos no mundo. Não tinham vontade de controlar a mudança climática. Diante de decisões postergadas pela política o humano já sofre a ameaça real.
Em um mundo de transformações aceleradas, que já caracteriza o século XXI, fomos forçados a entender que as decisões tomadas durante a crise importará amanhã, ou seja, mesmo que os resultados das empresas não tenham sido afetados, é necessário agir como se tivesse, porque a técnica de venda mudou, as necessidades dos consumidores mudou, os hábitos das famílias foram alterados. Diante da nova realidade a empresa que continuar pensando e trabalhando dentro da caixa, sem inquietude e curiosidade, quando acordar pode ter ficado pra trás. Temos a urgência de buscar no agora as soluções e não esperar que, no passado, encontremos as saídas para esta crise sem precedentes. A busca de soluções ocorre, por exemplo, na realização desses levantamentos e documentações no calor da hora.
Dentre tantas incertezas trazidas com o novo coronavírus vieram algumas certezas como o isolamento social, o desemprego, a recessão, o consumo do essencial e o cuidado com a preservação da vida. Aos poucos, vamos tendo certeza por onde o vírus passa, permanece e ameaça o ser humano. As restrições invadiram os setores de trabalho fazendo muitos deles cessarem suas atividades e aqueles que permanecem ativos arriscam de alguma forma para realizar o trabalho.
O jornalismo, embora tenha tolerância da sua circulação nas ruas, a abordagem das pessoas presencialmente quando a pauta não é uma emergência, na nossa opinião, deve ser evitada, até por simples protocolo do novo coronavírus; cuidado consigo e com o outro. Com essa postura frente ao isolamento social tomamos decisões, fizemos escolhas, definimos estratégias e chegamos a um modelo de mídia após quinze anos de trabalho.
Escolhemos produzir o Jornal Pires Rural na plataforma digital, on-line, disponível através do site www.dospires.com.br e o envio do arquivo digital (em pdf), através do WhatsApp para os leitores visualizarem o jornal por completo. E, ainda teremos a produção de publicações das Edições Especiais impressas “15 Anos Jornal Pires Rural”, trata-se de uma seleção de matérias que marcaram os quinze anos de nosso trabalho. As publicações impressas serão reproduzidas através da editora Wasacz. Muitas das histórias contadas aqui, no Jornal Pires Rural podem ser eternizadas.
Entendemos que a história não depende só da memória, outrora, que a história é uma construção que pode revelar não o que há de comum entre o hoje e o ontem, mas o que há de singular no hoje.