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Bairro Tatu, uma conversa com Luiz Denadai

Posted on junho 23, 2025 By Adriana Fonsaca Nenhum comentário em Bairro Tatu, uma conversa com Luiz Denadai

O comércio no bairro Tatu já foi muito forte, pois a comunidade podia contar com quatro armazéns: do Rodrigues, do João Balancin, do Luis Pântano (Piti), do Arminio Donati. E, também dois bares que eram o ponto de encontro para chegadas e partidas antes do horário do trem e o espaço para o tradicional jogo de bocha. Luiz Denadai conta: “Tinha o bar do Antônio Trevisol, e do João Moraes que depois, eu com o meu cunhado, Avelino Moraes, compramos dele – lá vendia de tudo de coisa de bar, cerveja, salgados, sorvete (tinha máquina de fazer sorvete)”. 

Assim iniciamos uma conversa no bairro Tatu, na residência de Luiz e Mercedes Janotti Denadai, agendada por sua vizinha Marlene Spagnol. 

Luiz é de família grande. Os pais Francisco Denadai e Clementina Machione Denadai tiveram doze filhos. “Doze irmãos, só sobrou eu: Antonio, Angelo, Giácomo, Pedro, José, Isidoro, Maria, Angela, Agda, Antonia, Catarina. O sítio do meu avô era grande e ficou pro meu pai. Depois que o meu pai faleceu ficou pra nós. Lá, eu com dois irmãos, o Angelo e o Antonio que aguentamos até o fim”, brincou Luiz. 

Doze irmãos: Antonio, Angelo, Giácomo, Pedro, Luiz, Isidoro, José, Maria, Angela, Agda, Antonia, Catarina. Na foto, Luiz está de óculos abraçando suas irmãs.
A família se reuniu na capela Santo Antônio, para os 25 anos de sacerdócio do irmão padre Isidoro Denadai. Ele exerceu o sacerdócio no Paraná (Londrina), Belo Horizonte, Pouso Alegre e Goiás. Faleceu em Batatais. (Arquivo Pessoal)

Mercedes completa: “Os dois irmãos solteiros que moravam aqui com a gente faleceram, depois era ele com o meu filho. O Luís ficou doente em 2021 e não foi trabalhar mais. Agora está o meu filho lá e um empregado”. 

A produção no sítio foi cafeicultura depois citricultura. “E foi que era uma beleza, mas depois deu uma praga muito grande e precisou tirar. Agora meu filho, depois que eu entreguei pra ele, planta mandioca, milho verde e tem um pomar de manga de qualidade”, contou Luiz. 

Os pais eram muito religiosos, dentre os doze filhos um foi ordenado padre. “Meu pai era muito religioso, ele foi presidente da igreja aí (igreja São Sebastião). Até eu, fui presidente da igreja São Sebastião, mas primeiro era o meu avô que começou”, contou. 

Familiares Denadai nas procissões (Foto:Arquivo Pessoal)
Aconteciam, ora na igreja de Santo Antônio ora na igreja São Sebastião (Foto:Arquivo Pessoal)

A vizinha Marlene pergunta a ele: “O avô do senhor também foi junto com o meu avô (Marco Spagnol) pra construir a igreja?”. Luiz responde: “Foram eles que começaram a igreja, né. Nós morava longe no sítio, daqui tem 3,5 km; nós vinha na missa a pé. Algum (da família) vinha a cavalo, outro de charrete, outro a pé. Mas a família era grande e não cabia todos na charrete”. 

Marlene continua perguntando: “Não tinha aquela história que não tinha calçado pra todos da família? Meu pai contava que quando morou no Jaguari, eles não tinham calçados pra todos. Então, se um saia, o outro tinha que ficar, se não, tinha que ir descalço pra missa porque não tinha condições de comprar calçado pra todos”.  

As crianças tendo ou não calçado tinha que vir do sítio na escola, a pé. “Já pensou? Estudei na escolinha que tinha na igreja (São Sebastião) e depois fiz o quarto-ano em Americana (SP) – não tinha quarto-ano aqui. Pegava o trem, o trem parava no meio da linha lá, porque o trem elétrico não é como agora que tem as máquinas. O trem era tocado por eletricidade. Às vezes, parava a força, nós ficava lá pelo meio do mundo (risos), muitas vezes ele parava ali em Itaipu – uma estação antes de chegar em Americana. Quando parava lá, a gente descia e ainda bagunçava até esperar a hora que eles avisava que o trem ia chegar e nós corria na estação”, explicou Luiz. 

A vida dura da criança que ia outrora a pé até a estação de trem para viajar ao município vizinho cursar o quarto-ano primário no Grupo Escolar Dr. Heitor Penteado, tinha mais um ônus: pagar a passagem. O Grupo Escolar fica na Rua dos Professores, no Centro de Americana, fundado em 1925 como Grupo Escolar de Villa Americana. Em 1930, ganhou o nome de Heitor Teixeira Penteado, político nascido em Campinas (SP). Marlene reafirma sobre a sua experiência: “Nunca teve essa história de transporte gratuito pra estudante. Nem para os meus irmãos mais velhos”.

Quando Luiz estudou em Americana, precisou morar na casa do irmão no bairro Tatu, pois ficava mais perto da estação de trem. “As crianças saiam daqui de trem, para fazer o quarto-ano e desciam na estação no centro da cidade, perto da escola, duas quadras. Eu fiquei morando na casa de um irmão que tinha máquina de (beneficiar) arroz aqui no bairro, – fiquei com ele pra poder ir na escola.

E depois da escola, ajudava o pai quando ele dava alguma coisinha pra fazer. Tinha uma máquina de moer milho eu ajudava o Giacomim (Giácomo). Mas depois que conclui a escola (em Americana), voltei pro sítio e peguei na pauleira lá. Trabalhei muito! Pelo amor de Deus! Acho que é por isso que estou meio quebrado. 

A gente fazia de tudo no sítio, mexia muito com boi também – era gado comum de chifre. Os bois eram acostumados comigo que quando o Jerson meu filho e o Nivaldo entrava, era meio perigoso. Eu entrava no meio lá, os animais não faziam nada, estavam acostumados comigo. Era meio doido, às vezes uma vaca criava um bezerro lá no pasto e nós ia em dois. A vaca ficava brava então, um ia com um garfo (forca) e o outro pegava o bezerro no colo enquanto um, com a forca segurava a vaca pra não vim em cima da gente”. 

Estação ferroviária do bairro Tatu Foto:Jornal Pires Rural
Estação ferroviária do bairro Tatu, inaugurada em 30 de junho de 1876 pela Cia. Paulista de Estradas de Ferro (Foto:Jornal Pires Rural)

Neste momento da conversa, Luiz me perguntou: “Você é neta do Stephano (Fonsaka)?” 

Respondi: “Sim”. 

Ele queria me dizer: “Eu toquei muito lá nos bailes, na tulha, no sítio (do Stephano). Nós tinha um conjuntinho, eu tocava clarinete, sabe? Mais dois primos e Orlando meu irmão: um era sanfoneiro, um batia pandeiro; não tinha vocal, em quatro nós fazia a festa lá. Era marchinha, valsa, samba. Nós não cobrava nada pra tocar lá. Ele (Stephano) dava anisete (licor de anis) – o duro é que colocava um tanto lá, pra nós tocar (risos). Nós precisava falar com ele (Stephano): quando é 2h ou 3h, nós vamo embora porque nós queria vir na missa no outro dia. Se não, se fosse do gosto da turma que ia lá, amanhecia – ia bastante gente”, relatou contente. 

Luiz afirma sobre o papel que o meu avô desempenhou na comunidade: “Ele era inspetor de quarteirão”. A figura do inspetor de quarteirão surgiu em 1827, cinco anos após a Independência do Brasil, com o objetivo de garantir a lei e a ordem. Era a primeira instância de policiamento. Os inspetores tinham autoridade para efetuar prisões em flagrante, manter a ordem pública e os bons costumes. Em 1832, tiveram suas atividades regulamentadas e passaram também a fazer investigações, dar conselhos e resolver conflitos entre vizinhos.

Stephano Fonsaka, agricultor familiar, imigrou com a esposa Joanna Suacki e o filho Francisco Fonsaka da Colônia Murici – colônia de imigrantes poloneses em São José dos Pinhais (PR), para Limeira, bairro (rural) das Areias. O casal trouxe a cultura do Sul, de abrir a propriedade para receber a comunidade tanto para a missa campal – o bairro não tinha capela -, tanto para os “bailes” com música ao vivo. 

Marlene conta sobre o que ouvia sobre os bailinhos no seu bairro: “Meu pai contava que tinha os bailinhos e eles, pra fazer pirraça, amarravam o cavalo no suporte do encerado da cobertura (do baile) e derrubava. No Jaguari também faziam isso. Depois voltava o baile de novo. Ninguém tomavam por mal porque já sabiam que eram terríveis”. “Nós ia de carro. Às vezes, a gente tocava em algum bailinho de casamento porque os sitiante chamavam a gente”, contou Luiz. 

Eu pergunto: “Quando o senhor se casou, teve baile?”  

Luiz responde: “Não, né veia?” 

“Não”, responde Mercedes. 

Para aprender tocar clarinete, Luiz participou das aulas de música no bairro. “Tinha um rapaz, um maestro que veio ensinar a turma. Ele ficou morando aqui e ensinava música, partitura, lá na escolinha da igreja. Ensinou um pouco, o resto era de ouvido – só que a gente misturava (risos). Eu tocava mais de ouvido. Os companheiros tinha violino. A gente tocava na missa: eu, o Osvaldo Saciloto, o Idilio – formava o coral”, contou. 

Marlene se lembra como era composto o coral: “Na missa, antigamente, tinha um órgão (não existe mais, o cupim atacou). Quem tocava o órgão era o Olindo Spagnol e o Osvaldo Saciloto (tocava sanfona também). Eu cantava no coral desde menina, eu sempre tive uma voz ardida então, eu conseguia fazer a primeira voz com o grupo. E tinha o grupo da segunda e terceira-voz: o agudo, o normal e o grave; quem comandava era o Osvaldo Saciloto que tocava o órgão. Ninguém tinha conhecimento de notas musicais, então, o Dinho que comandava o tom pra gente, ele escolhia as vozes entre nós: a Maria José (prima), a Cleusa (cunhada), a Luzia, a Ana Maria, a Célia (irmã), a Valéria, éramos em muitas. O Armando (irmão) cantava”. 

Quando Mercedes, esposa de Luiz, cantava no coral da igreja eram apenas vozes femininas. “Na minha época não tinha homens no coral. Muito depois ficou o Severino de Almeida tocando violão e sanfona, mas não conhecia partitura. O coral se apresentava só nas missas festivas”, contou Mercedes. 

Um bairro que já teve mais de dois mil moradores manteve uma comunidade dinâmica e ativa.

“A gente tinha a celebração de muitas missas aqui, principalmente a Semana Santa. A gente tinha: na Quinta-feira Santa a Missa do Lava-Pés. A gente escolhia os doze apóstolos, vestiam eles. O padre fazia o ritual de lavar os pés enquanto o coral cantava a música apropriada e missa normal. Na Sexta-feira Santa, a gente fazia a Adoração da Cruz e à noite fazia a procissão e as estações da Via Sacra. 

Era muita gente participando, muito mais de cem pessoas porque muitos que moraram aqui, vinham pra participar e celebrar. E, no sábado fazia a Vigília Pascal, a Benção do Fogo, o Círio Pascal, e todo aquele ritual. Tudo isso acontecia no jardim da igreja: a fogueira, a introdução da missa e depois continuava dentro da igreja, a benção do Fogo e o Círio Pascal – que põe os cravos na cruz. E depois no domingo, tinha a missa da Páscoa da Ressurreição. 

Agora, nós não temos mais tudo isso. Teve, até quando o padre Alexandre Favareto da paróquia Sagrada Família celebrou, ele se dividia entre a matriz e aqui – ele pedia pro pessoal da igreja Santo Antônio vir pra cá nas missas que sempre foram semanais, agora quinzenal”, detalhou Marlene.

“Eu, a Irma Batistela, a Maria Spagnol, a Elvira Furlan, a gente limpava a igreja, cada sábado tinha um grupo na limpeza – hoje, só tem três pessoas fazendo isso. Nas quartas-feiras a gente ia ensaiar pra missa no domingo. Nas quermesses, era limpar frango, fritar pasteis. Marlene! Como a gente trabalhou nessa igreja, graças a Deus!”, contou Mercedes.

“Na época, limpava frango e matava porco na casa do Vitório Spagnol e temperava as carnes no dia seguinte. O Luiz assou muito frango, muita leitoa, no forno do barracão da igreja”, afirmou Marlene. 

Luiz recorda de todo o trabalho na comunidade: “O duro que era sábado e domingo. Teve um dia que eu nem cheguei de volta aqui em casa, virava a noite lá, pra ter os assados para o dia seguinte. Porque tinha que passar a madrugada assando, acender o forno – tinha os companheiros, mas era um serviço duro. Tinha que segurar os caras se não eles ia tomar nos garrafão de pinga e daí atrapalhava tudo (risos). Vendia tudo o que assava”. 

Mercedes ajudava também na arrecadação das prendas para a festa. “Antes, a gente ia nos sítios pegar as prendas: era galinha caipira (era galinha velha), pato, até galo. Temperava nas barricas enormes com limão-cravo, pimenta e sal; assava e o povo comia tudo – tinham um dente bom porque não era possível. Meu pai fez muito isso lá na igreja do Jaguari – ele trabalhou tempo lá na igreja (Nossa Senhora Aparecida)”. 

Estação ferroviária do bairro Tatu, um prédio modesto, porém de grande valor histórico para o bairro e para a cidade de Limeira (SP) (Foto:Jornal Pires Rural)

Nesse momento, Luiz chama a atenção de Marlene: “Vamos falar do tempo que a gente fazia teatro, Marlene”. 

Marlene responde surpresa: “Eu não estou sabendo do teatro”. 

Luiz sorri como se já esperasse essa surpresa (risos): “Você não trabalhou com nós, lá?” 

Marlene: “Não”. 

Luiz pondera: “Você era menina. Nós fazia show lá no bar do Antonio Trevisol. Atrás do bar tinha um cômodo grande, era um espaço onde a gente fazia o teatro com diversas pessoas – eu e o Idílio Spagnol éramos dois palhaços (risos, gargalhada)”. 

Fiquei curiosa: “O que vocês encenavam?”  

Luiz amenizou: “Era brincadeira. A gente pegava escrito. Eu cantava lá e (me) vestia de boiadeiro”. 

Mercedes revela: “O nome dos artistas; esse aí era Marmelada, o meu primo era Joãolão, o Idílio era o Zé Paquera, mas eu nunca vim assistir, a gente nem namorava”. 

As brincadeiras apresentadas no teatro por Luiz e amigos eram direcionadas para as crianças, mas vinham adultos também. “Inclusive, nós ia nos armazém pedir e eles davam uns pacotes de bala pra gente; juntava e dava pra crianças – a molecada ficava doido (risos). A gente nem andava direito na rua que eles iam atrás. Chegamos fazer duas (apresentações) pra fora do bar. Tinha uma dupla de violeiros, dois rapaz que cantavam bem, o Antonio Borges (o Tonhão) com o Isaias – tocavam e cantavam no show nosso. Chegaram cantar em Limeira lá na (comunidade) São Benedito – minha irmã morava lá e ela acertou um show”, contou feliz. 

Mercedes Janotti Denadai e Luiz Denadai (Foto:Jornal Pires Rural)

A hora passou e a conversa estava pra lá de boa, falando de cultura, de música, de teatro. “Eu gosto muito de música sertaneja. Uma vez fui no show do Zé Rico em Americana”, disse Luiz. 

A música em casa, quando moço, era ouvida no bom e velho rádio. “Tinha rádio, né. No começo quando nós era meio novo não tinha. Depois, tinha um fazendeiro lá, era o Belizário – até hoje tem a fazenda do Belizário – ele tinha um rádio e quiz vender porque comprou outro rádio novo e vendeu o velho pro meu pai (risos). A mãe gostava de ouvir rádio – pegava até a novena de Aparecida. A gente (filhos) ouvia de tardezinha quando voltava do serviço”, contou. 

Marlene quer saber: “Rezava o terço na casa do senhor?”  

A resposta surpreende: “Rezava todo dia depois da janta”. 

Marlene também teve essa experiência: “Eu cresci na família da minha mãe, lá, todo dia rezava terço perto das 18h”. 

Mercedes afirma: “Toda família rezava o terço todo dia”. 

Marlene quer contar sobre o ritual religioso na sua família: “Rezava todo dia com a família e, se um neto fossem na casa dos avós também participava do terço na sala; toda casa tinha o seu altar. Eu rezava o terço na casa da minha avó. Na minha casa mesmo não tinha tanto esse hábito. Na casa do meu avô, a reza do terço era na língua italiana – eu era criança não entendia nada”. 

Luiz explica com humor: “A ladainha era em latim (Ave Maria – Benedicta tu in mulieribus, et benedictus fructus ventris tui, Iesus. Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, nunc, et in hora mortis nostrae). Falando de ladainha (risos), Santa Maria ora pro nobis e, a molecada no meio da turma, dois, três malandro ficava lá atrás falando Santa Maria oito, nove (risos). Eu passei uns tempos divertido”. 

A esposa reclama: “Agora, o filho convida ele pra ir pescar, ele não vai”. 

Mas Luiz sempre pescou: “Se ia pescar? O rio aqui era água pura, limpa, pegava peixe pra caramba no rio Piracicaba. Ia pescar no rio Jaguari, lá na hidrelétrica Salto do Lobo”, recordou. 

“Eu morava onde tem aquela usininha (Salto do Lobo) lá embaixo, encostado”, afirmou Mercedes. 

Luiz faz piada: “Onde eu fui achar ?” (risos). 

O motivo de Mercedes vir pra Tatu era visitar o primo Joãolão, o Luis Perino. “Eu vim na festa, eu conheci ele”, contou Mercedes. 

Marlene revela que nas festas da comunidade saíram muitos casamentos. 

Mercedes insiste na queixa: “Agora, o filho convida ele pra ir pescar, ele não vai. Não vai, não quer nem saber. O sítio que ele nasceu lá, cresceu lá, trabalhou a vida inteira lá, o filho convida: ‘Vamos pai?’ Ele: ‘Não’”. 

Luiz revela o motivo: “Cansei” (risos). 

Mercedes lança a tréplica: “Não quer saber. Ele diz que vai lá e não pode fazer nada mesmo”.

Luiz arremata o assunto: “Eu varro a rua aqui todo dia, né Marlene?”

A vizinha, como testemunha confirma: “Varre”. 

A foto inicial é um quadro pintado por José Eduardo Denadai, retrata a família Denadai na lavoura.

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